Bonito

aproveitando o feriado longo por aqui, fui conhecer Bonito, no Mato Grosso do Sul, um dos três destinos badalados do ecoturismo mais caros do Brasil (os outros são Fernando de Noronha (em breve) e Floresta Amazônica (em 2004); optamos, eu e Luiz, pelo serviço de transfer com motorista e do aeroporto seguimos direto para Bonito.a primeira boa surpresa - as estradas são perfeitas, muito bem sinalizadas, dá pra viajar durante a noite com segurança. antes de sair da capital, outra boa surpresa - Campo Grande é limpa, organizada, segura, sem favelas (é a única capital do Brasil que não tem favelas), ruas largas, bem cuidadas, calçadas bem feitas.fiquei triste ao lembrar de S.Luis, tão mal cuidada.
bom, chegamos em Bonito.o hotel era uma graça e já sentimos o jeito bacana de ser do mato-grossense - devido ao horário, início da madrugada, o atendente disse para não nos preocuparmos com a ficha de identificação, só confirmou a reserva e nos levou ao quarto (percebemos que eles fazem questão de facilitar a vida do turista).primeiro dia, primeiro passeio, outra surpresa - só tive surpresa boa lá: a cidade é maior do que eu supunha, já que não tive tempo de saber antes o nº de habitantes - eu achei que fosse assim como jeri, mas é super estruturada, cerca de 20 mil habitantes e tudo limpo, organizado, tem uma rua do burburinho, o supermercado (um dos) não faz feio ao de qualquer grande cidade.enfim, confirmei o que já vinha percebendo: eles são organizados, profissionais, pró-ativos, primam pela excelência e sabem receber!o primeiro passeio foi o famoso rio sucuri, para flutuação.como a água tem muito calcário, tudo o que é mais pesado vai para o fundo - folhas, paus etc - então, o rio fica cristalino.minha primeira vez de snorkel.o mundo lá embaixo é lindo,as flores, os peixes, tudo é multi-colorido e fica lindo.nota dez, principalmente pela organização do lugar, almoço, equipamento, tudo muito cuidado..cheio de estrangeiros, gente do Brasil todo, muito legal;
brincadeira com água dá aquela moleza, mas fomos jantar no "cantinho do peixe", a fim de conhecermos os típicos da região: o principal é o putapiranga, se não me engano - estou sem meus recortes hehehehe..muito bom... após, fomos ao barzinho que bomba Tá Boa, nome tb da cachaça deles, feita com mel,doce demais, mas a gente tem que provar né..e depois, uma ida ao Etílico, o point da city. no segundo dia, fomos ao segundo rio para flutuação, o rio da prata...mais distante, cerca de 60km da cidade, tinha mais um desafio - não haveria barco de apoio e a descida era maior...amei, principalmente porque já estava mais acostumada com o snorkel..esse rio tem mais peixes, mas achei o outro mais bonito...ah, e nesse dia a caminhada na floresta é maior tb..vimos uma anta bem no nosso caminho, porcos selvagens, macacos, os estrangeiros ficam loucos.após essa descida, almoço típico novamente - e fomos a outro passeio, o buraco das araras...são lindas..e muitas...um festival, tem até outros pássaros, mas elas predominam; fomos jantar no restaurante "casa do joão", bem badalado; após, fomos curtir a noite no Tá Boa com Fred, Fê e Marcelo, um amigo paulista dele - esse bar tem música ao vivo de muito boa qualidade, muito massa mesmo e depois fomos ao Tribus, que bomba toda noite, onde encontramos duas amigas do Luiz e depois, outra vez o Etílico...afinal, dançar é uma delícia...nesse ínterim, já havíamos conhecido uma turma de Santa Catarina no dia anterior e já estávamos "nigrinhos"...tanto que marcamos todos no Tribus..e fomos todos dançar...muito massa essa noite e mais uma vez fomos dormir de manhã..na 2ªfeira, fomos ao passeio da Gruta do Lago Azul, descemos cerca de quatrocentos degraus mas tem que ir pois o visual é mil, muito bonito, vale a pena, mas tb tenho um aviso aos que pretendem visitar o lugar: sem dúvida, é um destino muito legal e os lugares são muito bonitos, dá aquela sensação de paz, sossego - os passeios, os rios são dentro de fazendas e a gente curte esse ambiente rural, tão distante da nossa realidade nas cidades grandes...mas, saibam, que aqui no Maranhão, na Chapada das Mesas, ali por Carolina e Riachão, eu achei a Pedra Caída e o Poço Azul muito mais impactantes, só que falta, além do marketing, a organização e o profissionalismo, que sem dúvida valem a viagem;nem Barreirinhas tem a estrutura vista lá...e aí fica a sensação de que estamos vivendo no atraso, no vácuo do que poderíamos ser e, mais que tudo, fica claro o comprometimento político com esse nincho que mudou a vida das pessoas lá e só aconteceu há cerca de 14 anos...
gostei do que vi - um Brasil diferente, organizado, que funciona...e num estado que nem é tão badalado...só não comi o jacaré e a jibóia, pratos típicos de lá...tem pastel e tudo, acreditam?? pois sou tradicional hehehehe...
bjos e até a próxima viagem, se Deus quiser!!!